"Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento. "

( Charles Darwin )
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Artigos

 

Inicialmente  e penso que o disse na altura, que não iria publicar artigos porque quase todos os Blogues os têm e por isso não há falta de informação. Entretanto e vendo por outra perceptiva mudei de ideias. Mudei de ideias porque apesar de haver montes de artigos em variadíssimos Sites e Blogues, há sempre alguém que tem acesso a este espaço pela primeira vez e que não encontrava nada, então vou passar a colocar alguns que eu penso que podem ser úteis.
Não tenho conhecimentos suficientes para publicar artigos da minha autoria ,por isso provavelmente tudo o que possa pôr nesta secção será da autoria de outras pessoas as quais farei referencia.
De qualquer modo é preciso ter em atenção que os artigos aqui publicados, quer sejam transcritos, quer sejam escritos por mim,  são meramente informativos, ficando à responsabilidade de cada um a utilização dos métodos descritos nos mesmos.  

Principais  doenças

    Causas de morte nos filhotes
    Luís Pires, Ovar - C.N. nº. 736-B
    Presidente do Clube Ornitológico Português
     - Quando os filhotes morrem até ao terceiro dia, normalmente é porque os pais não os alimentam suficientemente bem, e vão enfraquecendo, acabando por morrer nos três primeiros dias.
      Daí ser sempre conveniente, no mínimo, observar de manhã, por volta das 8 horas se já têm o papo cheio, se não teremos que lhes dar nós a comida. Também é conveniente verificar por volta das 12 ou 13 horas, idem, depois pelo menos à noite, antes cerca de uma hora das luzes de apagarem, ou no caso de ser iluminação natural, antes do anoitecer, que é para eles não passarem a noite toda sem nada no papo. Quando os pais não os alimentam, deveremos dar papa de 2 a 3 horas de intervalo no máximo, nos primeiros 5 dias. É que normalmente após uns dias de termos colaborado na alimentação dos filhotes,  entretanto estes já ganharam força suficiente para pedirem a comida aos pais, passando estes a alimentá-los convenientemente. Também, será oportuno lembrar que nesta altura a iluminação deverá ter a duração pelo menos de 15 horas, das 6,30 h da manhã, as 21,30 horas da noite.               
    Existem no mercado especializado papas próprias para a cria à mão, por palitada, ou através de seringa, devendo no entanto escolher-se a mais adequada ao tipo de raças que estamos a criar. A título de exemplo lembro que o valor proteico das papas terá que variar conforme os tamanhos das raças, assim dou alguns exemplos: - Raças de pequeno porte, como os Canários de Cor, Glosters Fife Fancy e Lizards, necessitam até aos trinta dias de papas (quer de cria à mão, quer de comedouro), com um valor proteico bruto de aproximadamente 26%. Para canários de médio porte, como Border, Norwich e Frizado do Sul, cerca de 29%, para grande porte, como Crest, Yorkshire, Frizado do Norte e Paduano, cerca de 32%, e para raças gigantes, como o Lancashire e Frizado Parisiense, 38% de proteína bruta. É claro que não encontrará papas no mercado  com todas estas características, pois ficam muito mais caras, devo dizer que a papa que eu utilizo para os meus Parisienses me fica, com os componentes que lhe adiciono, a 2.400$00 o quilo. Deverá juntar à papa de cria à mão Proteínas vegetal e animal, ou seja, por exemplo de soja e lactoalbumina, que contêm todos os aminoácidos necessários ao desenvolvimento, devendo ser equilibrada em 45% de proteína vegetal 55% de proteína animal, acompanhadas de fosfato bicalcico, para um melhor desenvolvimento ósseo.
       Nesta altura a Gordura bruta deverá ter um valor máximo de 8%, os minerais que na vida normal são de 3%, nesta altura terão de triplicar, as fibras e cinzas na ordem dos 3%. É conveniente entre a mistura que se fornece e as papas, os Hidratos de Carbono andarem pelos 58 a 60%, o que quer dizer que não se deve fornecer muita aveia juntamente com a alpista, pois torna-se muito indigesta.
       A ambas as papas deveremos juntar um Probiótico à base de lactobacilos, para reposição constante de flora intestinal, e um antibiótico leve, próprio para crias, para prevenção de doenças intestinais.
    A papa de cria à mão normalmente só é utilizada durante os primeiros 8 a 10 dias, pois a partir dessa altura não a aceitam mais, daí, na papa que se coloca no comedouro para os pais a fornecerem aos filhotes, deverá continuar a  possuir as qualidades proteicas e todas as outras acima referidas, pelo menos nos primeiros 30 dias de vida.
    - Se morrerem após o 5.º ou 6.º dia, é bem mais grave, pois se passam os 3 primeiros dias, não se trata de falta de alimentação, mas sim de doença, pois, muito embora eles possam morrer em estado de eventual magreza, deve-se ao facto de estarem doentes e os pais ao constatarem isso, na maioria dos casos acabam por lhes deixar de dar comer.
        Normalmente a doença que aparecer entre o 5.º e o 12.º dia é a Colibacilose, originada pela bactéria Ech. Coli, que é a que mais mata no ninho, a par eventualmente da Proventriculite.
    Se os pais estão aparentemente bem, é Colibacilose. Se os pais estão um pouco abatidos, a ficar gradualmente magros, é bem pior, é Proventriculite - e esta doença praticamente não tem cura.
         Vamos começar pela hipótese da Colibacilose: A colibacilose normalmente tem duas vertentes que atacam aos mesmo tempo, que é a de via intestinal e a de via respiratória, daí há necessidade de efectuar um tratamento, 5 dias antes da previsível postura (este tratamento põe-os imunes durante 15 dias a 3 semanas), com um antibiótico que possua a capacidade de prevenir a Colibacilose,
    Coccidiose, Salmonelose e Micoplasmose, que normalmente será necessários associar dois antibiótico, que sejam compatíveis, administrar pelo menos 5 dias, sempre com complexo vitamínico-mineral-aminoácido.
         Tal como outros grandes criadores nacionais e estrangeiros, eu não aconselho dar legumes na época das criações, pelo menos nos primeiros dias, pois embora sejam muito apetecíveis, são a causa da origem de salmoneloses e colibaciloses, já que ou estão mal lavados, ou demasiado indigestos, face à fermentação, para além de nos canários de porte ser um factor de fraco desenvolvimento. Eu próprio não dou legumes aos meus canários à três anos, e tenho casais a criar de 1995, que nunca estiveram doentes. Claro que, os legumes são ricos em minerais e sódio, que tudo isto é facilmente substituível com um complexo multimineral (eu utilizo um à base de extractos de algas). O sódio resolveremos com uma colher de sopa de sal de cozinha, por cada quilo de papa. O sódio é importante porque evita o picacismo e canibalismo. Quanto a fruta, nesta altura não dar mais que um pouco de maçã e/ou cenoura cortada e não ralada, pois a cenoura ralada azeda e fermenta de imediato, uma vez por semana.
         Dar menos sementes negras (gordas) e mais papas, devendo 15 dias antes das criações dar dia sim dia não, dar todos os dias durante a época da postura, para na incubação e recomeçar a dar 2 dias antes dos filhotes nascerem, a partir daí dar todos os dias até à sua separação, entrando os pais no novo ciclo da incubação, continuando os filhotes com papa diária até aos 45 dias, retomando depois uma alimentação normal.
         Se a papa é de molhar, nunca deve ficar de um dia para o outro, e se a húmidade da papa é grande, e a húmidade ambiente é mais de 60%, deverá estar disponível para os canários no máximo 2 horas.
       À noite convém deixar a chamada papa húmida (de ovo), e para a enriquecer um pouco, deverá juntar-se-lhe papa húmida de insectívoros, pois tem mais proteína.
    Bom, não adianta por os canários novamente a criar sem saber as causas da morte, pois os filhos voltaram a morrer, se não todos, a grande maioria. Observe, soprando no ventre, se têm manchas escuras, nos intestinos (junto à cloaca) ou no fígado (onde acabam as vértebras e começa a "barriga". Se tiveram manchas no fígado, é hepatite, gordura saturada a mais (sementes negras a mais), deverá dar pelos menos uns 5 dias seguidos COLINA.
         Se a mancha é nos intestinos ou em quase todo o ventre, será Colibacilose ou Salmonelose, devendo ser tratadas com antibiótico próprio, eventualmente agravada com Micoplasmose, que deverá ser tratado com um anti-CRD ou produto à base de Tiamina. Veja se todos respiram bem, se sim, então será mais fácil tratar, associando ao antibiótico uma boa papa, com um bom complexo vitamínico, ficam totalmente bons em menos de 8 dias, se cortar as sementes gordas.
         Se os reprodutores estão aparentemente bem, sem grandes manchas no fígado, abdomém ou intestinos, verifiquem se, quando estão a descansar no poleiro, com o ritmo de respiração, oscilam ligeiramente a cauda, se a oscilação ligeira da cauda for ao ritmo da respiração, estão com certeza a ficar com um problema hepático, que se combate com a retirada das sementes e papas demasiado gordas e a administração de COLINA, acompanhada um ou outro dia com Complexo B, ou multivitamínico-mineral, até ao total desaparecimento dos sintomas, que normalmente desaparecem em 5 dias
         Sempre que se lhes tira os ovos, por estarem por "galar", ou por morrerem os filhotes, deveremos tirar o ninho durante pelo menos 2 ou 3 dias. Reparem também se não serão ácaros, que chupem o sangue aos filhotes e estes morrem magros.
        Se é a Proventriculite, esta só é possível tratar se não estiver num estado avançado, com Anfoterina B a 10%, que em Portugal e Espanha não é comercializado, sendo comercializado em  Itália, França e Inglaterra. Para prevenir a Proventriculite há necessidade de dar três dias por semana e durante 3 meses Proteínas do Lacto Soro, que é comercializada em Portugal em produtos de laboratórios franceses.
         Para podermos prevenir a grande maioria das doenças na época da reprodução, há necessidade de usar e abusar de complexos vitamínicos, de sais minerais e aminoácios, todos eles essenciais para o sistema imunitário dos canários e restantes aves. Conheço criadores que praticamente só utilizam o Complexo B e a Vitamina E - é um grande erro, pois mais tarde ou mais cedo aparecem as carências várias, particularmente da Vitamina A e D3, para além da Vitamina C. Deverão os criadores saber que umas vitaminas são reguladoras das funções de outras, que num artigo específico um dia deste abordarei. As vitaminas por si só não resolvem, pois se faltarem o fósforo, o cálcio, o magnésio etc., etc., aparecerão problemas ósseos, e falta de casca nos ovos, ou ovos de casca muito débil. Se faltarem os
    aminoácios essenciais, que são pelo menos 9, entre os quais a Metionina e Lisina, como é que os nossos canários poderão crescer convenientemente e ter uma plumagem esplêndida!?
         Nunca dar sementes rançosas, papas que entrem em estado de "azedume", sementes germinadas com fungos, e estas ganham-nos com a maior das facilidades. Há necessidade de nunca deixar mais de 10 horas as sementes a demolhar em água; a água deverá ter umas gotas de um anti-fungos. Também não devem estar a germinar muito mais que 24 horas, lavar bem, se possível voltar a estar cerca de 15 minutos em água com anti-fungos, deixar quase secar, e então misturar na papa, em muito poucas quantidades, no máximo 10% da papa - se não os pais enchem os filhos só com o nabo germinado.
         Não se esqueça de ter sempre à mão um spray anti-asmático e acaricida, para os "Burrifar" de 3 em 3 dias, sem os encharcar, pois para além de matar bicharada, também mata bactérias (desde que o spray seja anti-bactericida).

* COLIBACILOSE: VOCÊ CONHECE?

A Médica Veterinária, Stella Maris Benes, escreve em seu artigo publicado na revista da Sociedade Ornitológica de Salvador, que quando dizemos que o criador conhece a colibacilose, é certeza que mesmo sem saber, seu plantel já esteve próximo de apresentar sintomas desta patologia. A colibacilose é uma doença induzida por uma bactéria chamada Escherichia Coli. Esta bactéria é uma das maiores causadoras de perdas económicas na Avicultura Industrial e na Avicultura Ornamental de todo Mundo. Esta doença está caracterizada por desenvolver peritonite (inflamação de abdómen) pericardites (inflamação da camada externa do coração – pericárdio), aerossaculite (inflamação dos sacos aéreos cervicais, torácicos, abdominais – nove ao todo), salpingites (inflamação do oviduto), sinusite (articulações), infalites (umbigo ou saco da gema), e septicemia em geral, normalmente levando à formação caseosas (pus na consistência de queijo), dando muitas vezes um carácter crónico ao caso.
Dentro do grupo Escherichia Coli encontramos muitos sorotipos patogénicos apenas para aves, sem distinção. Mas nunca, até então foram relacionadas com os sorotipos que acometem o homem e os mamíferos, diferentes de Salmonella que pode do ovo contaminar o homem e outras aves, quando mal cozido.
Todas as aves são susceptíveis a colibacilose. Esta bactéria é flora normal do trato digestivo das aves bactéria apatogénica, mas também podemos encontrar as formas patogénicas. A água e os alimentos podem ser contaminados pelas fezes ou mesmo a ave ingerir fezes que estão no fundo dos viveiros e desenvolver a doença.
Esta bactéria pode ser transmitida de ave para ave (directa), para tanto fazer quarentena. Pode ser transmitida através do ovo, causando mortalidade alta de filhotes. A gema já contaminada que vai nutrir dentro do ovo, é um meio de cultura ideal para a bactéria.
Quando os filhotes nascem, este saco da gema deveria desaparecer, tornando-se um resquício liquidado no intestino na primeira semana. Quando contaminado este saco da gema vai liberando as bactérias para a circulação na ave causando a morte na primeira semana de vida. Na necropsia verificamos a não involução desde saco a gema e com a cultura descobrimos a bactéria ali alojada. A casca do ovo já está contaminada com as fezes dos pais que tem a bactéria, ou no caso de usarem incubadores, ovos de aves contaminadas que transmitem através do ar que circula neste aparelho. Roedores podem ser portadores de bactérias patogénicas. No ambiente contaminado ele apode ficar longo tempo, principalmente em época de seca.
Estas bactérias têm estrutura que lhes conferem capacidade de se fixar (adesinas), de se colonizar e se alimentar (sideróforos, omolisinas), que libera substância chamada endotoxinas que na verdade são seus metabólicos, mas que causam toxidade para aves, mamíferos e para o homem. Essas toxinas alteram a bomba de sódio e potássio das células induzindo degeneração celular de vários tecidos (fígado, rim, intestino cérebro etc) podem alterar a síntese do DNA da célula afectada, ou seja, tudo colabora para a falência orgânica da ave.
Imaginem só um filhote que apesar de ser imunicompetente ainda no ovo, ficar submetido a um bombardeio de bactérias e seus factores de patogenicidade?
Quando tentamos tratar um plantel pensamos em fazer o diagnóstico através do exame microbiológico e usarmos antibiótico que confere sensibilidade, segundo o antibiograma. Mas, o antibiótico só age na bactéria. As consequências em cascata que esta causou com suas toxinas, não será resolvida por antibióticos, que confere a sensibilidade pelo antibiograma.

Pense – Sua ave está comendo, está bebendo? Como queremos que dê certo o tratamento se não damos o essencial para a vida; água e comida. Quando estamos internados os médicos nos hidratam e nos alimentam. Retirar as aves da presença de outras sadias, ainda, alimentar adultos doentes e filhotes artificialmente com papinha e soro (1/2 dose de sal somente), dar protectores para o fígado e rins, fazer até inalação, em algumas espécies até removemos o saco da gema com cirurgia, são medidas que devemos tomar enquanto pensamos nos melhores antibiótico.
Mas, na verdade, conhecemos a colibacilose em nosso plantel da seguinte maneira: postura baixa, filhotes com crescimento retardado e morte na primeira semana ou um pouco mais; presença de uma mancha amarela dentro do abdómen vista nas aves vivas, no ninho, como consequência metabólica pela má função hepática causando, assim, má digestão e problema de filtração e concentração de urina. Morte
súbita em aves que tinham cansaço crónico (doença crónica respiratória; micoplasma + colibacilose); retenção de ovos nas fêmeas acompanhadas de estados febris na postura; artrites agudas com inflamação e dores articulares.
Para evitar – Tratar os pais que já tenham a colibacilose ou a bactéria em seu organismo; evitar a entrada de aves novas, aves silvestres, ratos e outros roedores; quarentena. Cozinhar os ovos por quinze minutos em fogo baixo (fervura) deixar verduras de molho em cloro ou vinagre 30 minutos, não deixar as aves em contacto com as fezes ou comedouros onde defequem, examinar visualmente seus filhotes; caso sobrevenha a morte deixar no congelador até fazer exames, quando usar incubadoras limpar a casca (com orientação para dependendo da espécie, não tirar a cutícula de protecção), e desinfetar a incubadora, sempre.
Fazer caiação das instalações etc. Orientação que são válidas para quaisquer doenças. Quanto aos antibióticos devem ser usados na hora correta, não acredito que no seu uso contínuo, mesmo porque o perfil da resistência tem, se alterado muito ultimamente, levando as pesquisas a descobrir melhores vacinas, sendo que estas já existem para galinhas, sem pesquisas em aves ornamentais.
O isolamento da bactéria nas fezes é relativamente fácil. O que são caros e são feitos em Institutos de Pesquisas e alguns laboratórios particulares são as tipificações para sabermos se a bactéria é patogênica ou não.

    * Candidiase.

A candidiase aparece de vez em quando em um criadouro, geralmente em casos isolados, e raramente como um surto.
A doença caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas placas esbranquiçadas, localizadas em geral no interior da cavidade bucal e especialmente no papo. Por sua semelhança com o que ocorre no ser humano, a candidiase é também chamada de “sapinho”.
Sintomas: Penas arrepiadas, dificuldades para descascar e ingerir sementes e algumas vezes diarreia.
Causas: A candidiase é causada pelo fungo Cândida Albicans e aparece em aves debilitadas por stress, por outras enfermidades, ou ainda pelo uso de algum antibiótico.
Tratamento: Assim que aparecem os primeiros sintomas, bons resultados são conseguidos colocando-se duas gotas de Micostatin no bico da ave e dez gotas no
bebedouro, durante dez dias. Após colocar a dosagem do remédio na água, mexa para evitar que se condense no fundo, de imediato.

    * Doença Respiratória Crónica (DRC).

A DRC é muito semelhante a corisa.
Relativamente comum em galinhas, ocorre em vários tipos de pássaros.
Sintomas – Dificuldade respiratória. Rouquidão, espirros, corrimento nasal e ocular. A evolução da doença é bem lenta, o pássaro vai enfraquecendo aos poucos, o que permite o aparecimento de outras enfermidades.
Causas – A doença é causada por ácaros ou por organismos semelhantes aos vírus chamado Mycoplasma, e se transmite provavelmente pelo ar, especialmente em ambientes húmidos.
Acredita-se que os pais possam transmitir a doença aos filhotes pelo ovo.
Tratamento – Bons resultados foram conseguidos com Tylan 200 na dosagem de uma gota no bico durante sete dias, ou com Linco Spectrim na dosagem de um grama em 1,5 litros de água durante sete dias.

    * ENTERITE.

Termo genérico que designa qualquer inflamação nos intestinos, este é uma das principais causas de morte de filhotes no ninho. As enterites podem ter causas diversas e os sintomas são muito parecidos, sendo constante em todos eles a diarreia.
Convém lembrar, porém, que a diarréia pode ter outras causas que não as infecções causadas por agentes patogénicos. Por exemplo: a diarreia provocada pela alimentação, Já foi visto que o leite em excesso pode provocar diarreia, especialmente nos filhotes. A laranja também provoca fezes bem líquidas (ao passo que a goiaba e a maçã são antidiarréicos).
As infecções patogénicas que normalmente afectam os canários são a Coccidiose e a Colibacilose.

    * COCCIDIOSE.

Sintomas – A coccidiose raramente provoca mortes rápidas. As penas ficam eriçadas, a ave fica abatida surgindo o osso do peito saliente, chamada a "doença da faca". Desidratação e diarréia com fezes e com estrias de sangue ou de coloração bem escura.
Tratamento – Vetococ, Coccirex, NF-180, Amprolium ou Baycox. Os medicamentos devem ser ministrados de acordo com as bulas, Recomenda-se adicionar a farinhada complexo vitamínico, Hidrax ou Pedyalite na água de beber.

    * COLIBACILOSE.

Sintomas – Sonolência falta de apetite. O Pássaro se retira para um canto da gaiola. Diarreia esverdeada e que deixa as penas ao redor da cloaca sujas. Vómitos frequentes de alimentos misturados a uma substância e a um fluído esverdeado. Nesses casos a mortalidade é muita elevada entre o primeiro e o segundo dias.
Tratamento – Dentre outros, mencionamos: Zooserine, Quemicetina solúvel, Cloranvex, NF-180 e Gentamicina (colírio – 1 gota no bico). A medicação deve ser oferecida conforme bula.

    * PÉS E PERNAS.

Nestes membros os maiores problemas são devidos a poleiros ásperos, picadas de mosquitos ou material de sisal usado na confecção de ninhos que amanharam nos pés das aves.
Sintomas – Inchação das juntas, feridas ou “pipocas” nos dedos.
Tratamento – Aplicar Rifocina Spray ou Nebacetim pomada até a cura.
Obs. - Alguns canários adquirem crostas em suas patas. Para retira-las usa-se passar sabão de coco no local e, se persistir usa-se uma solução de glicerina líquida (75%) com benzoato de benzila (25%) ou glicerina fenicada (3%).
Bons resultados também são obtidos aplicando-se directamente nas patas da ave Quadriderme ou Ganadol (pomada ou creme), à venda em farmácias ou em lojas do ramo.

    * ÁCARO DA TRAQUEIA.

O Fantasma dos Criadores de Canários.
Nomes estranhos como Sternostoma tracheacolum, mais comum, Cytodites nodus ou Psittanyssua e mais uns 30 nomes esquisitos como estes, não assustam tanto o criador de canários quanto ouvir falar o simples apelido "ácaro de traqueia".
Estes são alguns dos tipos desse verdadeiro fantasma para os canaricultores do Brasil e do Mundo.
O ácaro de traqueia encontra-se no meio ambiente, alimentando-se de detritos e poeira, instalando-se oportunamente nas vias respiratórias das aves, podendo atacar a traqueia, sacos aéreos, pulmões e até mesmo os ossos pneumáticos.
Esses ácaros provocam lesões inflamatórias no trato respiratório, provocando irritação e perda da "voz", e em casos extremos pode ocorrer morte por asfixia devido à alta infestação.
Tratamento: O tratamento de eleição para controlar esses ácaros é o uso da ivermectina, administrada de 15 em 15 dias até sanar o problema.
Tomar cuidado com a época de aplicação e período de recesso na reprodução, para sucesso no tratamento.
Esses períodos devem ser analisados e determinados pelo veterinário responsável pelo plantel, de acordo com a espécie, condições nutricionais e fisiológicas da ave.
Ao se necropsiar uma ave parasitada por ácaros, encontra-se um quadro de intensa irritação do trato respiratório (pontinhos pretos) desde a traqueia até os pulmões.
Essa irritação provoca dificuldades respiratórias, queda no sistema imunológico e uma consequente instalação de patologias, secundárias (Mycoplasma, bactérias, vírus, fungos) que geralmente são as causas das mortes nas aves.
Muitas vezes, mesmo matando o ácaro, as cicatrizes das lesões não permitem uma total recuperação da "voz", e em outros casos não se observam sequelas.
Levando-se em conta a grande extensão do sistema respiratório das aves, a cronificação dessas infecções secundárias podem tornar-se um problema de difícil solução por atingir aos sacos aéreos que estão distribuídos por todo corpo.
É fundamental que o veterinário diagnostique e trate essas infecções para evitar a morte do animal.
Esse é o maior erro de todos os criadores, achar que um ácaro é um problema isolado enquanto ele apenas abre as portas para infecções mais sérias.
A ivermectina apenas mata o ácaro, enquanto as infecções secundárias devem receber a terapia específica.

    * Prevenção.

Qualquer terapia não deixa de ser mais um stress para o animal, de onde devemos concluir que a prevenção continua sendo a melhor via de sucesso na criação. Isto não significa o uso de medicamentos para a prevenção que é praticamente um crime, e sim, cuidados de manejo como alimentação balanceada e contínua (sem mudanças bruscas), ausência de correntes de vento, evitar levantar poeira no criadouro (varrições) e outras formas de stress conhecidas pelo criador.
Com uma prevenção cuidadosa e a detecção imediata das mais discretas alterações, o fantasma torna-se o que na verdade sempre foi: Nada.
É BOM SABER...
1 – Não Introduzir qualquer pássaro no criadouro sem que antes seja banhado com solução de Kill Red, para eliminar possíveis “piolhinhos”.
2 – Ante de deitar a fêmea no ninho o fundo deve ser pulverizado com Tratto (pó antipulgas para cães), e depois colocar os ovos para chocar.
3 – A Vitamina E deve ser ministrada com cautela porque pode esterilizar o pássaro quando fornecida em excesso. A quantidade ideal é de 2 g (l colher de café rasa) por quilo de farinhada seca, durante 20 dias para o macho e 10 dias para a fêmea, antes do acasalamento.
4 – A crosta nas patas do canário é facilmente removida quando aplicada levemente uma solução de glicerina líquida (75%) com benzoato de benzila (25%) ou glicerina fenicada (3%). Produtos manipulados em farmácias.
5 – O ovo preso abate a fêmea que, pelo esforço, acaba morrendo se não coloca-lo em 12 horas. Fricção leve de Vick Vaporub na cloaca ajuda a distensão do oviduto favorecendo a expulsão. Água açucarada no bico também ajuda.
6 – É importante examinar a prole logo que nasce. Pinta preta na barriga revela doença grave. Salmonela. O tratamento imediato é oferecer papinha com Baytrill no bico dos filhotes até o desaparecimento da doença. Em uma colher de sobremesa de farinha especial para papinha de filhotes, adicionar uma gota de Baytrill e 4 gotas de Micostatin. Na água de bebida adicionar três gotas de Baytrill em bebedouro de 50 ml durante 15 dias.
7 – Outra doença mortal para o filhote é quando a moela fica estufada, parecendo que tem no intestino um caroço de milho encravado. É Colibacilose. Tratar imediatamente, com Clavulin Suspensão oral 125 mg na papinha. Preparar a papinha (uma colher de sobremesa de farinha seca) e adicionar a 5ª parte de uma colher de café rasa do sal Clavulin e oferecer no bico do filhote uma vez por dia. Continuar o tratamento até desaparecer o inchaço.
8 – As patas dos canários são visadas pelos mosquitos que provocam inflamações. Passar pomada Equiderme até a cura é o tratamento recomendável.
9 – Vento encanado, humidade, luz nocturna interrompendo o sono, falta de higiene e alimentação fraca e insuficiente são procedimentos que prejudicam a saúde do canário, levando-o a morte.



Doenças

Qualquer doença grave ou uma simples indisposição nos canários é quase sempre evidente: um canário encolhido, com a cabeça debaixo da asa, que dormita durante a maior parte do dia, come pouco ou nada, não canta e está apático, muitas vezes com as penas emaranhadas e transpira, e não é raro ver o seu pequeno corpo sacudido por espasmos e calafrios provocados pela febre.
Quando damos por conta do precário estado de saúde de um dos nossos canários, deve-mos isola-lo imediatamente e proceder ao seu tratamento. Se temos conhecimentos ou alguma experiência, saberemos depressa do que se trata, mas se estamos a iniciar neste campo, e o mal estar do canário se apresenta de forma insólita, o melhor então é leva-lo a um criador conhecido com experiência ou a um veterinário.
Não obstante as considerações de carácter humano que nos deve levar a socorrer uma criatura que sofre, temos como prioridade evitar que a doença contagie todo o nosso plantel causando-nos graves e preciosas perdas.
Actualmente através da ciência, dispomos de fármacos adequados a quase todos os tipos de enfermidades e mais importante ainda possibilita-nos a prevenção das mesmas.

Algumas doenças mais comuns dos nossos canários:
Ácaros:
Geralmente, os ácaros aparecem ao adquirir novas aves ou em aviários livres devido ao contacto com aves silvestres. As aves afectadas com ácaros, ficam inquietas, mexem nas penas e mostram uma debilidade geral.
Tratamento: consiste na utilização de insecticidas próprios para aves. Manter a ave durante alguns dias numa gaiola limpa e desinfectada. Pulverizar a gaiola ou os aviários com insecticidas, deixar actuar durante alguns dias e lavar tudo.

Anemia:
Ave com bico e pele muito pálido e descorado, tem falta de apetite e apresenta emagrecimento.
Causas: falta de glóbulos vermelhos provocada por uma deficiente alimentação, carências de vitaminas, por contágio de algum parasita, ou por falta de espaço.
Tratamento: acrescentar à dieta papa de ovo, verduras e um complexo vitamínico.

Artrite:
Detecta-se por um inchaço nas articulações, particularmente nas asas e patas, estando a ave constantemente no fundo da gaiola.
Causas: hereditariedade, aviário húmido ou deficiente alimentação.
Tratamento: lavar as zonas afectadas com um desinfectante próprio diluído em água e aplicar uma pomada adequada. Fornecer verduras.

Asma:
Dificuldade respiratória, muito cansaço com pouco esforço, bebe muita água e falta progressiva do apetite.
Causas: corrente de ar, higiene das instalações, sementes de fraca qualidade e canaril muito húmido.
Tratamento: fármaco adequado, espaço suficiente para a ave se exercitar, colocar a ave na «gaiola hospital», retirar sementes gordas e dar vegetais.

Bronquite:
Perda de apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão, a ave agitada e não canta.
Causas: correntes de ar, fraca renovação do ar, alterações bruscas de temperatura.
Tratamento: isolar a ave na «gaiola hospital» à temperatura de 30º, administrar antibióticos e vitaminas A e D.

Coccidiose:
Ave com penas arrepiadas, sonolenta, sem apetite, diarreia de coloração desde o esbranquiçado ao vermelho, fraqueza, pele pálida, magreza e problemas na reprodução.
Tratamento: administrar medicamentos adequados a esta enfermidade, adicionados à papa ou na água. Existem nas casas da especialidade, vários produtos para prevenir e curar a coccidiose.
Prevenção: a coccidiose está directamente relacionada com cuidados gerais de higiene, alimentação bem pensada, água limpa e mudada diariamente, manejo adequado ao tipo de criação, isolamento das aves doentes, realização de exames pelo Veterinário no caso de mortalidade acentuada.

Colibacilose:
Causas: doença provocada por um agente bacteriano com variantes, umas sem causar males maiores, convivendo pacificamente no intestino da ave e outras pelo contrário são patogenicas e resistentes a antibióticos. Os sintomas tanto nos jovens como nos adultos manifestam-se por uma diarreia frequente e de cheiro intenso. As penas das fêmeas podem-se apresentar molhadas pela diarreia das crias, morte destas entre o 4º e 10º dia de vida.
Tratamento: Utilizar antibióticos adequados à doença com duração média de 10 dias, sendo que devemos complementa-lo com um bom complexo vitamínico após esse período.

Diarreia:
Evacuação constantemente com fezes líquidas. Abdómen apresenta cor avermelhada.
Causas: fraca higiene no canaril e alimentação imprópria.
Tratamento: isolamento da ave na «gaiola hospital» e administrar um antibiótico adequado à base de Terramicina ou Aureomicina. Dar vitamina C e retirar todas as verduras e sementes negras ficando a ave só a comer alpista até o seu restabelecimento total.


Muda anormal:
Mudança das penas fora de época, irregularidade na formação das mesmas com quedas frequentes.
Causas: mudanças bruscas de temperatura; excesso de calor ou frio; local muito húmido ou muito seco; correntes de ar; mudança de alimentação; Stress; baixa luminosidade durante o dia; excesso de luminosidade artificial.
Tratamento: administrar diariamente uma papa de boa qualidade enriquecida com vitaminas e minerais.


Proventriculite:
Inflamação do papo causada por fungos, é encontrada com grande facilidade nos canários de cativeiro muito povoados e com grandes défices de higiene, provocando uma altíssima mortalidade nos jovens, em torno de 100%, normalmente entre 8 e o 9 dia de vida.
Tratamento: acompanhamento veterinário para a escolha do melhor medicamento e sua toxicidade. Os adultos não apresentam sintomas. O Proventrículo apresenta-se cheio de alimentos não digeridos, na mucosa interna do órgão, uma secreção esbranquiçada que normalmente se encontra contaminada por infecções secundárias bacterianas.


Salmonelose:
A Salmonelose é provocada por um grupo de numerosas espécies de bactérias que atingem todas as aves, principalmente os passiformes. Não existem sintomas específicos sendo alguns manifestados por asas caídas, olhos semi-fechados e uma dificuldade respiratória. Os jovens atingidos apresentam o abdómen inflamado, fezes de cheiro intenso e líquidas e por vezes aderentes à cloaca. A doença é mais comum nos adultos. Na forma aguda, a morte pode ocorrer de 1º a 4º dias. Fezes diarreicas e esbranquiçadas.
Tratamento: higiene do criador e desinfecção do ambiente muito rígida, pois, trata-se de uma doença comum ao homem e ao animal. Em animais mortos observa-se muitas lesões nos pulmões, rins, fígado., etc.

Stress:
Ave assustada, sonolenta, abatida devido a alimentação imprópria ou excesso de antibióticos
Causas: sustos, barulhos repentinos no canaril, etc.
Tratamento: administrar vitaminas e eliminar os barulhos, as causas da fadiga, a deficiente alimentação, as mudanças de temperaturas e o excesso de parasitas.



VINAGRE DE CIDRA

 O vinagre é usado desde a antiguidade como panaceia e para manter uma vida saudável. Existem vários tipos de vinagre, vinagre de vinho, vinagre de cereais, vinagre de cidra, este ultimo provem da maçã.
O vinagre de cidra é usado na criação de aves, contém substancias benéficas, vitaminas, minerais, pectina. Melhora a digestão, destrói bactérias, e tem outros benefícios.
Exemplos de utilização:
Na agua em que cozemos os ovos, deitar umas gotas de vinagre de cidra, evita que se estalarem quando os mergulhamos, deitem tudo para fora.
Desinfectar verdura – na agua em que mergulhamos as verduras depois de lavadas, se adicionarmos 10 gotas num litro de agua. Deixar de molho durante 30 minutos, depois enxaguar com agua limpa e corrente. Podemos tratar as sementes germinadas com esta solução para prevenir contra, fungos, bactérias e outro germes patogénicos.
Agua de beber – 10 ml de vinagre de cidra em 1 litro de agua – duas vezes por semana. A finalidade é reduzir o pH e favorecer o desenvolvimento de microorganismos favoráveis no sistema digestivo.
Agua do banho – 10 gotas por litro de agua – solução eficaz para prevenir infestação de piolho na plumagem.
O vinagre de cidra ajuda a manter as aves em condições óptimas, em conjunto com outras medidas. Boas praticas de limpeza e higiene das instalações, acessórios e gaiolas ou viveiros. Agua limpa e fresca, comida adequada e fresca todos os dias. Isolamento das aves suspeitas de doença.


Nos últimos anos alguns criadores começaram a administrar vinagre de cidra às suas aves, na proporção de uma colher de sopa por litro de água.
Note-se que o vinagre de cidra não é nenhum medicamento nem um neutralizante dos antibióticos.
Fabrico e tratamentos
O vinagre de cidra é feito a partir de maçãs com elevado teor de acidez, ou seja , maçãs demasiado acidas para serem comidas normalmente.
O sumo é espremido numa centrifugadora, depois toda a frutose das maçãs é transformada em álcool, por fermentação em grandes Barris o que demora cerca de quatro semanas. A seguir a mistura tem de amadurecer durante mais seis meses antes de se transformar em cidra, que depois se transforma em vinagre. No vapor do sumo em fermentação e nas bolhas, as bactérias acéticas proliferam até estarem espalhadas por toda a cidra. Ao fim de algum tempo, o líquido resultante é o produto natural conhecido por Vinagre de Cidra (maçã).
O teor em ácido acético é cerca de 7 graus, normalmente diluído para cerca de 4,5 a 5 % durante o engarrafamento. Na maioria dos casos, adiciona-se dióxido de enxofre durante esta fase a fim de evitar que o vinagre crie bolor e oxide. Alguns fabricantes usam antes ácido ascórbico (vitamina C) que é de facto um aditivo mais saudável.
Composição do Vinagre de Cidra
Não é fácil apresentar uma descrição clara da composição real do vinagre de Cidra mas, são cientificamente reconhecidos alguns componentes activos dentro de uma combinação de ácido acético, compostos orgânicos e minerais, potássio, sódio, cálcio, fósforo, ferro, cobre, uma percentagem mínima de zinco, ácido ascórbico (vitamina C), ácido nicotínico (vitaminaB5), riboflavina (vitaminaB2), proteínas vegetais, cinzas inorgânicas e tanino.
Note-se que a proporção natural do tanino e fenol não é, provavelmente, muito diferente, dos ingredientes básicos usados pela indústria farmacêutica para produzir bactericidas.
Conclui-se então que o Vinagre de Cidra estimula o organismo das aves a produzir as suas próprias substâncias de defesa.
Os possíveis méritos do Vinagre de Cidra seriam, consequentemente, a reposição do equilíbrio de ácidos e bases no organismo.
Concluiu-se então que, como o Vinagre de Cidra contem pequenas quantidades de minerais estimulando assim a digestão. Minerais esses que são normalmente , absorvidos na Alimentação.
Por último, o papel do bio-regulador geral do Vinagre de Cidra não deve ser desprezado , uma vez que os testes realizados em animais revelaram resultados muito positivos.
Chegámos até ao ponto de o Vinagre de cidra começa gradualmente a ser recomendado para utilização Humana.
Sabendo que as galinhas crescem muito mais depressa se for misturada uma colher de Vinagre de Cidra na água de beber, porque é que o efeito não seria o mesmo nas nossas aves? Já agora foi também demonstrado que o uso do Vinagre de Cidra torna os ovos mais fortes.
Em resumo, pode dizer-se que a utilização do Vinagre de Cidra aumenta a resistência geral de todas as criaturas vivas.
Este artigo foi na sua maioria transcrito do livro:
ALIMENTAR PARA VENCER – PARTE II
Autor: André Cristiaens

Tabela de vitaminas

Quadro de Vitaminas

Vitamina A
Essencial para o crescimento das aves, actuando sobre a audição, o equilíbrio e visão da ave. Encontra-se nas verduras, na casca de maçã, cenoura, gema de ovo e no óleo de fígado de bacalhau.
Vitamina B
Actua no sistema nervoso, previne doenças do fígado, rins e coração. Encontra-se na levedura de cerveja, trigo, cascas das sementes, verduras, gema de ovo, tomate.
Vitamina B1
Actua no desenvolvimento muscular, sistema nervoso, postura e desenvolvimento do embrião. Encontra-se na maçã e gema de ovo.
Vitamina B2
Actua nos ovos, dando maior fertilidade, crescimento dos filhotes e sistema nervoso. Sua ausência pode causar raquitismo e o peso baixo. Encontra-se no alpiste, gema de ovo, leite, óleo de fígado de bacalhau.
Vitamina B3
Fortifica e mantém a textura da pela. Encontra-se na gema de ovo e nas sementes.
Vitamina B6
Actua sobre o fígado, sistema nervoso, crescimento e a pele. Encontra-se nos cereais e gema de ovo.
Vitamina B12
Necessária ao crescimento e nascimento dos filhotes. Encontra-se nos complexos vitamínicos como: farinha de peixe, complexo B.
Vitamina C
Previne das enfermidades infecciosas no aparelho respiratório. Encontra-se nas frutas frescas e alimentos verdes.
Vitamina D
Actua na boa formação óssea e combate o raquitismo. Encontra-se na natureza através dos raios solares, no óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo e verduras.
Vitamina E
Actua na reprodução, ajudando na boa fecundação dos ovos. Encontra-se no óleo de germe de trigo, gema de ovo e verduras.
Cálcio
Um forte componente para a formação e reforço do esqueleto, e do aparelho reprodutor das fêmeas. Encontra-se no osso moído, farinha de ostra e nos ossos de peixe.
Cobalto e Cobre
São minerais que actuam como catalisadores no organismo das aves, devendo serem empregados junto com as vitaminas.
Cloreto de sódio
Possibilita aos glóbulos vermelhos sua função de portadores de oxigénio e permiti a dupla decomposição mediante a qual o organismo separa os sais de potássio.


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